jueves. 25.04.2024

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Também se ouvem e recolhem histórias daqueles que amam o mar desta forma inexplicável.

O caminho a percorrer é longo e as várias possibilidades vão ser exploradas devagar. Agradece-se a dádiva de todos os que já contribuíram para que este projecto, pensado com muito prazer, seja pleno.

O ‘Sal e Filhos’ nasceu de uma brincadeira de férias. Num dia de sol na praia da Amoreira fiz uma foto de amigos à ‘havaiana’. Quando vi o resultado pensei que era engraçado fazer isto na Caparica - onde habitamos e surfamos - pois há tantos pais e filhos que surfam juntos e tão poucos registos sobre isso. A minha ligação à antropologia foi inevitável. Assim, na senda de uma certa tradição antropológica, decidi caracterizar a ideia como um registo geracional e procurar realizar um historial através do retrato de pais e filhos surfistas na Caparica. Surgiu o ‘Sal e Filhos’ - Gerações do surf na Caparica’.

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Pedro e Bia

O  Projecto “Sal e Filhos” pretende divulgar um ‘estar/ser’ muito peculiar que alia o desporto ao meio natural. Para além disso há uma série de factores inerentes a esta forma de vida que remetem para a preservação ambiental.  O surf é uma modalidade com muito pouco tempo de historial em Portugal mas que, nos últimos anos, possuiu um crescimento enorme em número de praticantes.

Os objectivos do projecto prendem-se sobretudo com a realização de uma breve história a partir das práticas dos indivíduos até porque a segunda geração de surfistas, filhos daqueles que, em Portugal e pioneiramente, se iniciaram nesta ‘coisa’ das ondas nos anos 80 do séc. XX,  está ai a usufruir dessa imensidão de beleza que é o oceano. 

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Tania e Pipoca

A ideia é contar as histórias dos surfistas locais e seus filhos que permitam traçar um fio condutor desde os anos 80 até à atualidade. Alguns deles correram os circuitos nacionais e europeus de surf quando jovens e, agora, alguns filhos também o fazem. Mas também, e essencialmente, se pretende captar os anónimos até porque acredito que, mais do que através dos grandes feitos, a História deve ser contada pelos indivíduos no seu quotidiano.

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Francisco, Paulo e Manuel Do Ó

Quanto aos surfistas que são fotografados, o processo é natural e com um ‘timming’ muito próprio. Alguns são pessoas conhecidas (quando surfamos muitos anos num local conhecemo-nos nem que seja por partilharmos o mesmo ‘pico’), outros são alvo de uma abordagem na praia, primeiro ficam desconfiados mas depois acham a ideia boa e acedem a tirar fotos, outros ainda são amigos e apoiam a ideia incondicionalmente, sugerindo famílias que conhecem. Há ainda outros que me contactam através da página do facebook a dizerem que a ideia é genial e que gostavam de ser fotografados. É bonito.

Este é um projecto sem final. Não há deadline. Até porque há sempre novos pais e novos filhos e novas histórias. Aloha!

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João e Afonso Antunes

Para conhecer mais sobre o projeto:

 

Ou através de seu Facebook:

 


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